domingo, abril 26, 2009

Um tanto pessoal...

Desde as minhas mais antigas lembranças eu travo guerras helênicas com a balança.

Cada novo regime é uma epopéia digna de Camões. Tudo é sempre igual, você começa com um objetivo – emagrecer – , depois pensa em métodos poderosos e rápidos que façam com que você siga o maldito padrão de beleza que essa sociedade hipócrita e manipuladora estipula. O problema é que o resultado nunca é fácil, nem tampouco chega rápido.

“Segunda-feira eu começo!”. Eu nem me lembro de quantas e quantas vezes eu disse essa célebre frase incorporada ao vocabulário de todo gordinho que se preze. Passam semanas e a tal segunda-feira não chega nunca, ninguém toma coragem de por em prática aqueles maravilhosos métodos que as revistas tem o enorme prazer de ensinar.

E enquanto você não tem a vergonha na cara, a coragem de começar a mudar, o tempo passa, as gorduras descobrem lugares inusitados para se alojar e não tem dó, elas hospedam-se onde você menos espera e elas tem visitas, Dona Celulite e Comadre Estria, andam juntinhas, parecem três comadres a conversar na janela.

E o gordinho – gordo com carinho? – não toma atitude, e eu hoje estou disposta a explicar porquê. É mais barato ser gordo, é mais fácil e não requer prática nem habilidade. É barato sim! Vá ao shopping e pesquise preços, sai muito mais barato tomar 1 l de refrigerante que tomar 250ml de suco natural. Muito mais fácil comer num fast-food que em um restaurante com comida de verdade.

O fato é que o mundo de hoje conspira a favor da obesidade, não há tempo para alimentação correta, não há dinheiro para comer bem. Não há força de vontade em quem precisa te-la. E afirmo isso por experiência própria.

Você deve estar pensando que eu estou dando desculpas esfarrapadas para justificar a minha preguiça. Mas eu realmente me preocupo mais com o fato de estar prejudicando minha saúde do que à estética em si, porém esse é um aspecto que eu levo em conta sim, quem me conhece sabe o quanto eu gosto de me sentir bonita, bem arrumada, e de um modo ou de outro me considero até um tanto vaidosa.

Mas o meu objetivo hoje não era falar sobre o que eu penso sobre a obesidade e meu atual estado diante da maldita balança. Eu queria mesmo era falar sobre como as pessoas agem comigo diante de certas situações e em certos assuntos.

O obeso sofre com o preconceito da hora em que acorda à hora em que vai dormir, e o pior, é que geralmente quem mais quer ajudar é quem mais magoa.

Sim! A maioria dos gordinhos são legais, simpáticos, mas tem sentimentos. E às vezes, quem mais quer o bem do gordinho é quem acaba o prejudicando.

Como exemplo eu quero usar a mim mesma, todo mundo fala o quanto eu preciso emagrecer, que isso faz mal à minha saúde, que isso que aquilo. E eu choro, eu penso, entro em crise, e eu me pergunto: Por que diabos se metem tanto na minha vida?

Eu não critico corte de cabelo de ninguém, roupa, nem hábitos como o uso de drogas e cigarro, e que são tão prejudiciais à saúde quanto a minha maldita obesidade.

Pra terminar, se é que alguém agüentou ler tudo isso, eu não estou criticando ninguém que me apóia, e que se importa comigo. Eu só peço, pelo amor de Deus, que tomem mais conta das suas vidas e de seus hábitos que dos meus. Deixem que eu cuide de mim, e tome uma decisão para mim mesma, por minha vontade, e não porque as pessoas querem. Caso contrário vou começar a agir igual e criticar todos os hábitos que também não me agradam.

Obrigada pela atenção e desculpem pelo desabafo.

quarta-feira, abril 01, 2009

Um pouco sem tempo...


Mas pra não falarem que eu larguei tudo às traças, vou dar um gostinho do que foi a palestra do Tas na Unisanta.
Se no final de semana eu conseguir um tempinho, eu prometo que conto um pouquinho sobre o que ele contou pra gente.
Mas uma coisa eu posso adiantar: a aula do professor Tibúrcio é boa de verdade.