segunda-feira, dezembro 29, 2008

Vencer diferenças, uma tarefa não tão fácil

Vencer diferenças nunca foi tarefa fácil pra nenhum ser humano, em 1500, quando o Brasil foi descoberto, chamaram os nativos de selvagens, julgando que apenas os europeus brancos eram civilizados.
O que os descobridores não entendiam é que uma civilização é formada por cidadãos e que todos são iguais, independente de cor, raça, religião ou cultura.
Quinhentos anos passaram-se, o cenário é o mesmo, parece que mesmo com a imensa diversidade de pessoas no país, no mundo, o ser humano ainda não aprendeu a reconhecer a importância de seu semelhante.
Todos os dias presenciamos atos de verdadeira violência contra negros, pobres e principalmente os que sofrem de alguma deficiência física.
Não aceitar um semelhante é não aceitar a sim mesmo, não compreender que todos são diferentes em muitos aspectos, sejam eles físicos, raciais, culturais e até mesmo econômicos. E não entender que simultaneamente somos todos iguais, vivemos no mesmo lugar, embora falemos diferentes línguas, dividimos os mesmos problemas e até compartilhamos muitas soluções.
Conviver com idéias e pessoas diferentes sempre foi um desafio, uma tarefa complicada para muitos que lançaram-se em inúmeras e infinitas guerras apenas para defender suas idéias e até mesmo ceder ao egoísmo.
Um desafio que não existe só há 500 anos, mas que já dura há milhares de anos e que esperamos ser civilizados o bastante para não ter de esperar por mais alguns séculos para vencer.
Recentemente o Brasil teve a oportunidade de assistir as vitórias de seus atletas pára-olímpicos nos jogos de Pequim, pessoas que para muitos eram motivos de discriminação e preconceito, mostraram a todo o mundo que ser diferente não é ser nem melhor nem pior que qualquer outro.
Atletas com diferentes deficiências exibiram a todos sua força de vontade, mostrando que a dificuldade está dentro de casa um, principalmente daqueles que não aceitam o próximo como ele é.