terça-feira, novembro 25, 2008

O lado jornalista de Madô Martins

Madô Martins ingressou no jornalismo fazendo o caminho contrário daquele que a maioria dos jornalistas percorrem. Começou como redatora, revisando e corrigindo os textos dos repórteres que traziam suas matérias das ruas, isso porque possui uma característica própria que carregou consigo desde os tempos da escola: a jornalista escreve textos finais, isto é, seus textos raramente precisavam sofrer interferência de outras pessoas. Freqüentemente eram textos que já poderiam ser diagramados sem qualquer revisão anterior.
Segundo a jornalista, seu assunto preferido para suas reportagens sempre foi o cotidiano, e revelou também nunca ter tido muita intimidade com economia e esportes. Madô contou que não há um trabalho em especial que tenha gostado mais de fazer. Para ela, todas as suas matérias e reportagens foram importantes para seu crescimento profissional. Mas durante a entrevista lembrou de duas reportagens que foram emocionantes: a primeira foi a cobertura que fez em Aparecida do Norte quando o Papa João Paulo II visitou pela primeira vez o Brasil, e a segunda quando acompanhou o recenseamento em ilhas praticamente desconhecidas do litoral sul de São Paulo.
Além de trabalhar em jornais impressos, a redatora também atuou na assessoria de imprensa da prefeitura de Santos e, segundo ela, foi onde conheceu mais afundo o lado político do jornalismo.
Sobre sua experiência durante a ditadura, Madô contou que ela e seus colegas de redação, na época em que atuava no jornal O Estado de S. Paulo, reuniam-se para analisar os veículos impressos e ver o que havia sido censurado, porém como não escrevia muito sobre política nunca teve uma matéria censurada pelo governo ditatorial.
A jornalista comentou que para ela o diploma de jornalismo é importante, pois fornece ao estudante a base teórica para o que ele irá enfrentar na prática. Disse ainda que há de se conciliar as duas coisas, um jornalista deve entender toda a teoria e se dedicar à prática.
Comparando o jornalismo de sua época de maior atuação como repórter e o de hoje, Madô Martins acha que atualmente há uma individualização das redações, onde a preocupação maior é não levar furos de outros jornais, o que para ela, acaba tirando a qualidade dos textos produzidos nas redações atuais. Um exemplo é que a maioria dos jornais publicam as mesmas notícias, muitas vezes com as mesmas imagens e até na mesma ordem.
Atualmente Madô Martins é colaboradora do jornal A Tribuna, onde publica crônicas que levam ao leitor reflexões sobre o individualismo que vivemos dentro da sociedade atual.

3 comentários:

wendell penedo disse...

fiquei curioso com o trabalho dela, acho q vou assinar aq tribuna, finalmente (:

Cristiane disse...

Tem uma crônica dela ai pra eu ler??? Fiquei curiosa! Bjos

Mayara Borges disse...

poxaaa bacanaaa, poste algo maiss sobre ela, trabalhos talsss bjs