Eu acredito que todo ser humano é dividido em duas partes, a emocional e a racional. A que sente e a que pensa. A primeira é aquela que reconhecemos mais facilmente, é a que rege atitudes às vezes inexplicáveis. A segunda é a mais difícil de lidar, ela pede freios, controle.
Não posso dizer que a maioria das pessoas se deixam levar pelo emocional em suas atitudes, seria uma inverdade. Eu posso falar de mim, sim, eu sou uma pessoa que não tem o controle na maioria das situações e que faz o que sente, não o que deve.
O dever é outra questão interessante nesse meu pensamento. Eu devo fazer o que eu sinto, o que realmente tenho vontade e manda meu instinto ou por o pé no freio e pensar minuciosamente em cada próximo passo? Sinceramente eu acredito que deixar o emocional falar mais alto é de fato “emocionante”, com a licença do pleonasmo. Ser racional pode ser legal às vezes, às vezes.
Depois de alguns anos agindo somente por sentir eu aprendi que toda essa minha teoria está errada, e nem sempre a emoção que eu queria era, de fato, a que eu sentia. O que me importava era o frio na barriga, era a ansiedade por novas coisas. Mas o frio na barriga já não vinha fazia tempo, a ansiedade pelo novo adormecia enquanto eu tampava o sol com a peneira.
Na minha humilde visão o excesso de emoção não prejudica, mas a falta de razão sim. A razão é o equilíbrio, é o que não me deixaria cair, quando eu achava que voava. Se eu tivesse pensado racionalmente, os últimos quatro ou cinco anos teriam sido, definitivamente, diferentes.

Então, meu desejo para 2011 é esse. Ser racional, não é uma promessa daquelas que fazemos todo santo ano, e não cumprimos nunca. É um desejo, uma vontade, um anseio. É o lado emocional pedindo razão. E a razão pedindo emoção.